Dólar cai a R$ 5,52, menor nível desde o anúncio do tarifaço ao Brasil; Ibovespa sobe
Dólar encerra o dia em R$ 5,5230, a menor cotação desde julho de 2025, impulsionado por expectativas de acordos comerciais dos Estados Unidos. O Ibovespa também avança, alcançando 135 mil pontos, apesar das oscilações em ações de grandes empresas.
Dólar firmou queda ante o real nesta quarta-feira (23), influenciado pelo apetite a risco global e a expectativa de novos acordos comerciais dos EUA, após entendimentos com o Japão e conversas com a União Europeia (UE).
O fechamento foi a R$ 5,52, com mínima intradia de R$ 5,5161, representando os menores níveis desde o anúncio de tarifas por Donald Trump.
Após máxima de R$ 5,5782 pela manhã, o dólar encerrou em baixa de 0,79%, a R$ 5,5230, o menor fechamento desde 9 de julho de 2025.
A desvalorização se intensificou com o enfraquecimento do dólar frente a moedas fortes, impulsionada por notícias de que EUA e UE estão próximos de um acordo para tarifas de 15% sobre produtos europeus.
A busca por risco ficou evidente na queda do dólar perante moedas emergentes, mesmo com a baixa do minério de ferro e volatilidade do petróleo. O real também é beneficiado pelas expectativas de manutenção da taxa Selic em 15% por um período prolongado.
O Ibovespa voltou a atingir os 135 mil pontos, subindo 0,99% e encerrando aos 135.368,27 pontos, com giro financeiro de R$ 17,0 bilhões. No mês, o índice cede 2,51% e, no ano, sobe 12,54%.
Com o dólar em queda, o Ibovespa também renovou máximas, com destaque para ações como Raízen (+5,48%), CVC (+4,74%) e Natura (+4,27%), enquanto WEG caiu 8,01%.
Trump voltou a criticar o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, chamando-o de “atrasado demais” em relação à sua política de juros.
Em um novo desdobramento, empresas ligadas a Trump pediram à Justiça dos EUA a consideração de sanções contra o ministro Alexandre de Moraes e outros ministros do STF por supostas violações de direitos humanos.
Eduardo Bolsonaro (PL-SP) mencionou que Trump poderia retirar o Brasil do SWIFT, ação semelhante à que tomou contra Rússia e Irã.
Com informações do Estadão Conteúdo