Dólar abre sessão desta terça-feira, com proximidade do tarifaço no radar
Estudo aponta que tarifas de 50% implementadas por Trump podem resultar em uma perda significativa para o PIB brasileiro. O governo tenta negociar, mas o clima é de pessimismo em relação às possibilidades de acordo.
PIB do Brasil pode perder até R$ 175 bilhões com tarifa de 50% imposta por Trump, segundo estudo.
A guerra comercial entre os EUA e a China continua a impactar os mercados financeiros, enquanto investidores aguardam novas atualizações.
A expectativa gira em torno da Superquarta, quando tanto o Federal Reserve (Fed) quanto o Banco Central do Brasil divulgam suas decisões de juros.
Trump anunciou um tarifaço e, após acordo com a União Europeia, a atenção se volta para as negociações com a China em Estocolmo.
O Brasil, por sua vez, não avançou nas negociações e o clima é de pessimismo. O vice-presidente Geraldo Alckmin está preparando um plano de contingência e o presidente Lula busca contato direto com Trump.
As tarifas entrarão em vigor em 1º de agosto, com o governo brasileiro esperando que não haja escalada tarifária.
Economicamente, as tarifas de Trump podem aumentar a inflação e provocar alta de juros globalmente. As decisões do Fed e do Copom estão previstas para 30 de outubro.
Dados atualizados:
- Dólar: +0,52% na semana; +2,89% no mês; -9,54% no ano.
- Ibovespa: -1,04% na semana; -4,84% no mês; +9,85% no ano.
A crise das tarifas levanta preocupações sobre a posição do Brasil, especialmente após acordos entre EUA e UE, que diminuem o poder de barganha brasileiro.
A equipe de Lula está desanimada, especialmente após sinais de Trump de "punir" o Brasil sem justificativa econômica. Uma comissão de senadores tenta abrir diálogos com o governo americano, mas com ceticismo.
Interlocutores confirmaram que as decisões estão centralizadas na Casa Branca e que não há diálogo autorizado com o Brasil.
*Com informações da agência de notícias Reuters.