HOME FEEDBACK

Dólar abre em queda com tensões de guerra comercial e recuos de Trump

Incertezas sobre a política comercial dos EUA afetam mercados financeiros, enquanto Trump indica uma possível trégua nas tarifas com a China. O dólar recua e os investidores aguardam decisões do Federal Reserve em meio a tensões comerciais.

Dólar recua nesta quinta-feira (24), com investidores inseguros sobre a política comercial dos EUA. Às 9h04, a moeda caiu 0,56%, cotada a R$ 5,6855.

Na quarta (23), o dólar fechou em queda de 0,18%, enquanto a Bolsa aumentou 1,34%, a 132.216 pontos.

Trump anunciou isenção de tarifas para montadoras e afirmou que "tudo está ativo" nas negociações com a China, que, por sua vez, negou as informações. Ele calmou tensões ao dizer que não pretende demitir o presidente do Fed, Jerome Powell, embora deseje uma redução das taxas de juros.

A ameaça de demissão de Powell causou preocupação sobre a independência do Fed, essencial para a estabilidade do sistema financeiro. O Fed adotou uma postura de "ver para agir" em relação à política monetária em meio às pressões das tarifas.

As sobretaxas podem aumentar os preços ao consumidor e afetar o emprego, criando um dilema para política monetária: inflação elevada pede juros altos, enquanto desemprego alto pede juros baixos.

A discussão sobre tarifas pode demorar a exigir ação do Fed, mas Trump pressiona por cortes, já que teme uma potencial estagflação.

Membros do Fed preveem até dois cortes de 0,25 ponto percentual este ano, mas o número de membros que não esperam cortes aumentou para quatro.

Trump considera reduzir tarifas sobre produtos chineses de 145% para 50% a 60%, segundo o The Wall Street Journal. Funcionários da Casa Branca indicaram que o impasse tarifário é insustentável e soluções devem ser encontradas.

A China, através de seu porta-voz, afirmou que está disponível para negociações, mas está disposta a lutar. As duas economias enfrentam uma guerra comercial desde abril, com tarifas que atingem até 245%.

Um acordo abrangente pode demorar dois a três anos, mas há otimismo sobre uma diminuição das tensões a curto prazo.

Leia mais em folha