Dólar abre em queda com novo recuo dos EUA em tarifas
Dólar inicia a semana em queda, refletindo a tensão nas relações comerciais entre Estados Unidos e China. Expectativa de desaceleração da economia e as tarifas elevadas aumentam a cautela no mercado internacional.
Dólar cai nas primeiras negociações desta segunda-feira (14), acompanhando o mercado internacional e suas preocupações com a política tarifária dos EUA.
Às 9h05, a moeda estava R$5,8493, com queda de 0,35%. Na sexta-feira, a queda foi de 0,49%, cotada a R$ 5,868, enquanto a Bolsa teve alta de 1,05%, atingindo 127.682 pontos.
A guerra de tarifas entre China e Estados Unidos continua. A China anunciou um aumento nas tarifas sobre produtos norte-americanos de 84% para 125%, em vigor desde sábado (12).
Um porta-voz do Ministério das Finanças chinês afirmou que as tarifas são resposta aos 145% impostos impostos pela Casa Branca sobre produtos chineses. Xi Jinping destacou que "não há vencedor numa guerra de tarifas".
Além disso, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse que Trump está otimista sobre um possível acordo comercial com a China. Henrique Lenzi, da Manchester Investimentos, considera a declaração um sinal de alívio para o mercado.
Os EUA suspenderam parte das tarifas recíprocas a alguns parceiros por 90 dias, mas isso não inclui a China. Temores sobre a disputa tarifária podem afetar o comércio global e a economia americana, aumentando o risco de recessão.
De acordo com o banco JPMorgan, o risco de uma recessão global aumentou de 40% para 60% em uma semana.
A situação impacta o Brasil, cuja economia depende da China para a exportação de commodities. O IBC-Br mostrou crescimento de 0,4% em fevereiro, impulsionado pelo setor agropecuário, enquanto o IPCA de março subiu 0,56%.
A inflação anual agora está em 5,48%.