Dólar abre em queda com expectativa de negociações envolvendo tarifas de Trump
Mercados enfrentam volatilidade acentuada após anúncio de tarifas de Trump e rumores de negociação. Aumento das tarifas alimenta temores de recessão global, impactando fortemente o comércio e a economia.
Dólar abre em queda nesta terça-feira (8), com os investidores ponderando a possibilidade de negociação das tarifas anunciadas pelos Estados Unidos.
Às 9h06, o dólar à vista caía 0,55%, cotado a R$ 5,8782. Na segunda (7), o dólar subiu 1,29%, a R$ 5,910, enquanto a Bolsa caiu 1,31%.
O mercado financeiro enfrentou pânico devido ao choque tarifário do presidente Donald Trump. Rumores indicavam uma suspensão das tarifas em 90 dias, exceto para a China, mas a informação foi desmentida.
Os principais índices dos EUA, após forte queda, tiveram breve recuperação: Nasdaq Composite subiu 8%, S&P 500 6%, mas fecharam em queda de 0,23% e 0,91%, respectivamente.
O tarifaço de Trump gerou perspectivas de guerra comercial e impôs tarifas de importação de 10% a 186 economias. A China terá sobretaxa de 34%, seguida pelo Japão (24%), União Europeia (20%) e Brasil (10%).
Com os mercados sob pressão, Trump afirmou que, se as tarifas retaliatórias não forem suspensas, adotará tarifa de 50% sobre a China e encerrará negociações com este país.
As importações dos EUA enfrentam uma tarifa média de 22,5%, a mais alta em mais de um século, o que deve impactar negativamente o crescimento econômico global, conforme estudiosos.
O Fed reconhece que as novas tarifas podem causar inflação alta e crescimento mais lento. A retaliação da China solidificou as chances de expansão da guerra comercial, levando outras economias, como Canadá, Japão e Europa, a planejarem represálias.
A cautela no mercado continua, com investidores temerosos de uma guerra comercial crescente.