Dólar abre em leve queda após anúncio de Haddad de recuo em alíquotas do IOF
Dólar inicia a semana em queda, refletindo recuo de alíquotas do IOF e expectativas sobre negociações comerciais com a China. Mercados domésticos permanecem atentos à repercussão das mudanças fiscais anunciadas pelo ministro da Fazenda.
Dólar apresenta leve queda nesta segunda-feira (9), cotado a R$ 5,5567, em meio à avaliação das medidas do ministro Fernando Haddad sobre o IOF.
O posicionamento ocorre antes de reuniões sobre a guerra comercial entre EUA e China.
No fechamento de sexta-feira (6), a moeda havia caído 0,29%. É a menor cotação desde 8 de outubro de 2022, com recuo acumulado de 2,63% na semana e 9,85% no ano.
A Bolsa encerrou praticamente estável, com leve queda de 0,09%, ao passo que Wall Street mostrou otimismo, avançando mais de 1%.
No domingo (8), Haddad anunciou um acordo para ajustar o decreto do IOF, incluindo:
- Aumento da taxação de apostas esportivas;
- Alterações na tributação de instituições financeiras;
- Cobrança de 5% de Imposto de Renda sobre títulos isentos.
Medidas serão implementadas via MP (Medida Provisória). Haddad discutirá detalhes com o presidente Lula na terça-feira (10).
O relatório de emprego payroll dos EUA indicou criação de 139 mil vagas em maio, aliviando temores sobre recessão.
Apesar de uma leve desaceleração, dados acima do esperado reforçam a resiliência do mercado de trabalho americano, segundo analistas.
Com informações sobre a economia dos EUA, o dólar teve uma leve alta no início do dia antes de descer à tarde por fatores locais.
No cenário internacional, o Índice DXY subiu 0,46%, enquanto expectativas para cortes de juros pelo Federal Reserve permanecem altas.
Além disso, as negociações comerciais entre EUA e China aqueceram com novos contatos entre líderes.
No Brasil, a queda na aprovação do presidente Lula gera receios sobre possíveis medidas que aumentem gastos e pressão na dívida pública.
Pesquisas recentes mostram 43% de desaprovação ao governo contra 26% de aprovação.