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Dólar abre em baixa na volta de feriado, mas com atrito entre Trump e Fed ainda no radar

Dólar registra queda ao abrir pregão após feriado, enquanto investidores mostram cautela com as declarações do governo dos EUA. A possibilidade de mudanças na liderança do Fed gera incertezas nos mercados financeiros globais.

Dólar abre em baixa nesta terça-feira (22), após feriado prolongado no Brasil. A cautela dos investidores é influenciada pelas recentes declarações do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell.

Na última quinta-feira (17), Trump criticou Powell, sugerindo que poderia pedir sua demissão. Embora a legislação americana não permita isso, as falas de Trump geraram um impacto negativo nos mercados financeiros globais, que valorizam a independência do banco central.

Vitor Miziara, analista de investimentos, destaca a importância da autonomia do Fed para evitar decisões baseadas em populismo e garantir uma economia saudável. O especialista em câmbio da Genial Investimentos, Luan Aral, também ressalta que essa autonomia é vital para manter a confiança do mercado, especialmente em anos eleitorais.

Mercados:

  • Dólar: Às 09h01, caiu 0,18%, cotado a R$ 5,7940.
  • Na última quinta, teve queda de 1,03%, acumulando recuo de 1,14% na semana, ganho de 1,73% no mês e perda de 6,08% no ano.
  • Ibovespa: Opere a partir das 10h, teve alta de 1,04% na quinta, acumulando alta de 1,54% na semana e ganho de 7,79% no ano.

A relação entre Trump e Powell continua a ser monitorada pelo mercado. Na última sexta-feira, o assessor econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, disse que Trump está avaliando opções sobre Powell. No entanto, remover Powell requer comprovar irregularidades em seu mandato.

A credibilidade do Fed, considerada crucial por sua independência, pode ser afetada se atos de reestruturação ocorrerem. Trump já expressou descontentamento com a política de juros atuais, que estão entre 4,25% e 4,50% ao ano, pedindo cortes.

Além disso, J.D. Vance, vice-presidente dos EUA, anunciou avanços em um possível acordo comercial com a Índia que poderia aliviar tarifas recíprocas, enfatizando a importância da colaboração entre os dois países.

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