Dólar abre em alta significativa nesta segunda (7), com temor por tarifas de Trump
Dólar em alta reflete tensão global após tarifas de Trump e retaliação da China. Investidores estão preocupados com possíveis consequências para a economia e comércio internacional.
Dólar abre em alta significativa na manhã de segunda-feira (7) devido a preocupações com as tarifas anunciadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump.
A variação reflete análises dos investidores sobre os impactos do pacote tarifário que geram temores de uma recessão global.
Às 9h04, o dólar à vista subiu 0,64%, cotado a R$ 5,8758, após uma forte disparada de 3,65% na sexta-feira (4).
Os temores aumentaram após China anunciar tarifas adicionais de 34% sobre importações dos EUA, em resposta aos encargos de Trump.
Esta escalada da guerra comercial resultou em uma queda das Bolsas globais pelo segundo dia consecutivo, com mercados acionários em pânico.
As novas tarifas chinesas entrarão em vigor em 10 de abril. O Ministério do Comércio da China afirmou que a ação dos EUA é "intimidação unilateral".
Trump respondeu, dizendo que as políticas "nunca irão mudar" e que a China cometeu "um grave erro".
Seus anúncios incluem sobretaxas de 34% sobre produtos chineses, 10% sobre todas as importações, além de tarifas a 20% sobre a União Europeia e 24% sobre o Japão.
O receio com o tarifaço é um aumento da inflação e distorção das cadeias de suprimentos globais.
Jerome Powell, presidente do Fed, declarou que as novas tarifas causariam inflação mais alta e crescimento mais lento.
As retaliações já estão sendo planejadas por outros países, como o Canadá, que chamou o tarifaço de "tragédia" para o comércio global.
Segundo análises do JPMorgan, os riscos de uma recessão global aumentaram de 40% para 60% em apenas uma semana.
Além das Bolsas, os mercados de commodities também caíram, com preços do petróleo em queda de 7%, o menor nível em mais de três anos.
As tarifas atuais nos EUA têm uma média de 22,5%, o mais alto em mais de um século, segundo a Fitch Ratings.