Dólar a R$ 4,30? Qual seria câmbio justo em cenário de melhora fiscal, segundo UBS WM
UBS Wealth Management aponta que a desvalorização do real pode ser revertida com compromisso fiscal, embora a moeda ainda esteja abaixo da média histórica. A análise sugere que fatores internos têm um papel crucial na cotação, mesmo em meio a influências externas.
UBS Wealth Management (UBS WM) afirma que, apesar da desvalorização do real, existe potencial para sua valorização se o Brasil avançar na consolidação fiscal.
A instituição destaca que a flutuação cambial é influenciada por fatores externos, como a ameaça dos EUA de tarifas de 50% ao Brasil, tornando as projeções desafiadoras.
Dois fatores são cruciais para as moedas emergentes:
- Ambiente externo: Dinâmica do dólar global.
- Cenário fiscal interno.
O UBS WM estima:
- Preço justo do real: R$ 5,28 por dólar, considerando fatores internos e externos.
- Apenas fatores globais indicam câmbio a R$ 4,30.
Apesar da recente valorização do real, este movimento é guiado por fatores externos, como o enfraquecimento do dólar e a resiliência dos preços das commodities. O cenário interno, em contrapartida, permanece incerto devido a disputas orçamentárias entre os Poderes.
O UBS WM ressalta que um forte compromisso fiscal pode resultar em um “re-rating” do real, fenômeno observado em períodos anteriores (2003-2008 e 2015-2017), levando a valorização significativa da moeda.
Mesmo com a valorização já projetada para 2025, o real continua cerca de 20% abaixo da média histórica desde 1994. Entre as moedas emergentes, apenas Argentina e Turquia apresentam maior depreciação, sugerindo que há espaço para valorização adicional com a redução estrutural do risco fiscal.