Do sol peruano ao real: como o dólar mais fraco favorece moedas na América Latina
A queda do dólar americano impacta diversas moedas da América Latina em 2025, com análises de projeções de câmbio da Credicorp Capital. Apesar da valorização do real e peso, o relatório ressalta riscos fiscais e políticos que podem afetar a estabilidade das taxas.
A fraqueza do dólar americano em 2025 surpreendeu analistas, com o índice DXY caindo quase 10% até junho, o pior desempenho desde 1973.
A Credicorp Capital analisou estimativas de taxas de câmbio para Brasil, México, Colômbia, Peru, Chile e Argentina. Apesar da queda do dólar, a empresa alerta para fatores de suporte e riscos crescentes no ambiente atual.
Real brasileiro: valorização de 11% em 2025, impulsionada pela alta da Selic a 15%. A Credicorp projeta câmbio em R$ 5,70 até dezembro de 2025 e R$ 5,80 para 2026.
Peso mexicano: valorização de cerca de 12%. Previsões cortadas de MXN$ 20,4 para MXN$ 19,50 até dezembro de 2025.
Peso colombiano: valorização de 8,1%, apesar da deterioração fiscal. Previsões ajustadas para COP$ 4.050-COP$ 4.150 em 2025.
Peso chileno: moeda volátil devido a tarifas de cobre e incerteza política. Previsão de USDCLP a CLP$ 950 em 2025.
Sol peruano: trajetória forte com superávit em conta corrente. Estimativa mantida em S/3,65 para dezembro de 2025.
Argentina: transformação monetária sob Javier Milei, com previsão de ARS$ 1.200 até dezembro de 2025.
As estimativas refletem um cenário complexo de tensões fiscais e incertezas políticas na região.