Do fundo do poço, Ibovespa subiu 17% em um ano. Mas jogo não está ganho
Ibovespa mostra grande recuperação, subindo 16,9% em um ano, mas ainda enfrenta riscos no cenário global. Investidores reagem a dados econômicos da China e possíveis trégua no Oriente Médio, enquanto o apetite por ativos brasileiros aumenta.
Ibovespa teve uma recuperação significativa, subindo 16,9% nos últimos 12 meses, com alta de 1,5% apenas hoje, atingindo 139 mil pontos.
No mês de junho, a alta acumulada é de 1,63% e, desde o início do ano, chega a quase 16%.
O aumento no Ibovespa foi impulsionado por uma busca por risco entre investidores, especialmente devido ao bom desempenho da China e um cenário otimista em relação à inflação brasileira.
Dentre os destaques, as ações da Vale subiram 3,26% e papéis da CSN dispararam mais de 6%.
A prévia do PIB do Banco Central (IBC-Br) apresentou leve desaceleração, mas ainda superou as expectativas.
O economista Alexandro Nishimura ressaltou que fatores como a resiliência da economia chinesa e possíveis trégua entre Irã e Israel aumentaram o apetite por ativos brasileiros.
Enquanto o fundo de índice MSCI Emerging Markets subiu 1,23%, o EWZ que acompanha o MSCI Brazil registrou alta de 2,5%.
O dólar caiu 0,5% esta semana, fechando em R$ 5,54, com uma desvalorização de 10,3% desde o início do ano.
Entretanto, a situação é vulnerável, com o conflito entre Israel e Irã e a confiança no G7, o que impactou o preço do petróleo, fazendo o barril do Brent recuar 1,35%.
Como resultado, ações da Petrobras também caíram, contribuindo para a pressão no Ibovespa.
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