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Do Brasil ao México, queda do preço do petróleo acende alerta sobre efeito fiscal

A queda acentuada nos preços do petróleo gera preocupações sobre a estabilidade fiscal na América Latina, afetando principalmente os países mais dependentes da commodity. Com alertas sobre a rentabilidade das empresas, o impacto poderá se intensificar nas contas públicas e na dívida externa.

Queda nos preços do petróleo desafia a América Latina

Uma **cominação de tensões comerciais** e decisões da Opep+ resultaram em queda nos preços do petróleo, impactando a **estabilidade fiscal** da América Latina e a rentabilidade das principais empresas do setor.

O barril WTI caiu mais de **12%**, agora a **US$ 63**, enquanto o Brent teve uma queda de **11,5%**, chegando a **US$ 66**.

Países mais afetados:

  • Guiana
  • Venezuela
  • Equador
  • Colômbia

Esses países dependem mais do petróleo, com a **Colômbia** dependendo quase **10%** de suas receitas fiscais desse recurso e o **Equador** com um terço de suas receitas fiscais provenientes do petróleo.

Análises da **Fitch Ratings** destacam que a **desvalorização** da moeda devido à queda nas receitas pode elevar a relação **dívida/PIB** acima de **62%** até 2026.

O **Brasil**, **México** e **Argentina** também sentem os efeitos da queda, sendo que o México pode ter dificuldades devido à necessidade de transferências fiscais para a **Pemex**, enquanto no Brasil, empresas como a **Petrobras** enfrentam pressão nas margens de rentabilidade devido à queda do petróleo.

A política de dividendos da **Petrobras** está em risco e um preço de barril entre **US$ 50 e US$ 65** influencia o endividamento da empresa.

No **Equador**, o fechamento de campos petrolíferos pode aumentar o déficit fiscal.

Na **Argentina**, a **YPF** prioriza o xisto, mas empresas como **Vista Energy** podem revisar orçamentos se os preços caírem para menos de **US$ 55**.

A situação no **México** e na **Colômbia** também é preocupante, com a Ecopetrol avaliando o fechamento de campos não lucrativos.

Além disso, uma queda prolongada nos preços do petróleo impacta outras commodities, aumentando a pressão fiscal nas economias andinas e da América Central.

De acordo com a **Fitch**, essa situação pode afetar **reservas internacionais** e a **dinâmica da dívida**. A necessidade de reformas estruturais e um fortalecimento das contas públicas são urgentes.

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