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Do Brasil à Colômbia: tarifas de Trump são nova ameaça para os preços do café

Tarifas impostas pelos EUA geram inquietação no setor cafeeiro global, especialmente entre Brasil, Colômbia e Vietnã. A medida, que ocorre em meio a colheitas prejudicadas e altos preços internacionais, pode alterar o panorama das exportações e a dinâmica de mercado.

Mercado global de café enfrenta pressão após tarifas impostas pelo governo de Donald Trump sobre exportações do Brasil, Colômbia e Vietnã.

A medida visa reduzir déficits comerciais e estimular a produção doméstica nos EUA, afetando a cadeia de fornecimento em um momento de preços altos e estoques escassos.

O Vietnã, maior produtor de robusta, é o mais impactado, com uma tarifa de 46% sobre exportações para os EUA, enquanto Brasil e Colômbia enfrentam uma tarifa básica de 10%.

A produção de arábica no Brasil em 2025 deve cair 12,4% em relação ao ano anterior, enquanto a Colômbia expressou preocupações sobre a demanda americana.

As tarifas chegam em um momento crítico, em meio a clima adverso e baixas colheitas. Os futuros do café arábica em Nova York permanecem próximos a altas recordes.

Analistas alertam que as tarifas podem mudar o fluxo comercial global e reduzir a demanda nos EUA, embora a demanda por café seja considerada inelástica.

Apesar das tarifas, a Colômbia pode se beneficiar, oferecendo uma opção de qualidade em relação a concorrentes com tarifas mais altas.

O cenário atual pode impulsionar compras de cafés robusta do Brasil e Uganda, enquanto a produção de arábica continua limitada. Espera-se uma queda nos preços no final do ano, dependendo da normalização climática.

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