Do bolsonarismo como prisão à prisão de Bolsonaro?

Manifestação em Copacabana (16 de março de 2025): 1º ato bolsonarista após denúncia da PGR sobre crimes de golpe de Estado envolvendo Jair Bolsonaro e outros.

Contexto: O bolsonarismo recuperou a mobilização nas ruas, mas o ato em Copacabana mostrou uma redução significativa na participação, com apenas 26.000 pessoas em comparação com 40.000 em abril do ano anterior.

Expectativas: Inicialmente, Bolsonaro esperava 1 milhão de participantes, depois reduziu para 500 mil, mas a Polícia Militar projetou 400 mil, em uma estimativa política.

Palavras de ordem: A manifestação teve foco em "Anistia Já", com apoio contínuo das lideranças políticas, refletindo a mobilização efetiva após o 8 de Janeiro.

Presença de figuras políticas: O evento teve a participação de Carla Zambelli e Nikolas Ferreira, que tentaram direcionar a pauta do ato, mas Bolsonaro se aliou a Silas Malafaia para redefinir o foco do protesto.

Discurso e dinâmica do ato: A organização do evento foi meticulosa, com música energizante, controle de tempo de fala e estrutura espacial favorável aos discursos. Os manifestantes estavam, em sua maioria, voltados para as lideranças e menos para a interação entre eles.

Chamada à ação: Malafaia enfatizou a necessidade de proteger Bolsonaro e o futuro do conservadorismo, mas a base demonstrou ceticismo em relação a uma ação contundente caso ele seja preso.

Possíveis consequências: A base bolsonarista ainda encontra valor na figura de Bolsonaro, mas há um crescente debate sobre a continuidade de sua liderança e o futuro da extrema-direita no Brasil após sua eventual prisão.

Reflexão final: A manifestação reafirma a intersecção entre ações institucionais e a radicalização política, com a necessidade de uma análise crítica sobre o futuro democrático do país.