'Divórcio litigioso': disputa entre EUA e China pode fazer história ao redesenhar economia global
A recente escalada das tarifas por Donald Trump contra a China marca uma mudança drástica nas relações comerciais entre as duas potências. Especialistas alertam para o potencial de uma reconfiguração global, afetando não apenas o comércio, mas também as finanças internacionais.
Novos desafios no comércio global
Desde que Donald Trump anunciou suas “tarifas recíprocas” há dez dias, a relação entre Estados Unidos e China passou por uma reconfiguração drástica.
O tarifaço de Trump, visando a China de Xi Jinping, abalou a ordem internacional e despertou preocupações na economia global.
A resposta da China destaca a ruptura radical entre as duas potências, prometendo afetar comércio, finanças e política mundial. A desvalorização dos títulos da dívida pública dos EUA indica possíveis perigos financeiros futuros.
A interdependência das economias, fortalecida nos últimos 40 anos, está em risco. A China diversificou seus parceiros comerciais desde a anterior guerra comercial e, atualmente, parece direcionar sua estratégia para um “divórcio litigioso” com os EUA.
Economistas mencionam a venda de Treasuries pela China como resposta às tarifas, afetando o mercado de dívidas americanas e potencializando a crise financeira.
Impactos no dólar: Propostas para depreciar a moeda americana surgem, aumentando o temor de instabilidade nos mercados. As consequências de tais decisões poderiam ser catastróficas, redirecionando a estrutura monetária global.
O dólar, atualmente a principal moeda de reserva, enfrenta pressão, mas especialistas indicam que não há alternativas viáveis a curto prazo, especialmente para o yuan.
Além das questões econômicas, a geopolítica também está mudando, com a China se sentindo menos submissa à hegemonia americana. Entretanto, ambos os países podem buscar negociações para estabilizar suas economias.
Desafios para o Brasil: O Brasil pode se beneficiar com maior espaço nas exportações agrícolas, mas também enfrenta riscos com a invasão de bens asiáticos no mercado americano.
As tensões aumentam, com a União Europeia considerando retaliar e países como Vietnã se ajustando a novas dinâmicas comerciais.