Dívida pública bruta do Brasil retoma alta e atinge 76,2% do PIB em abril, mostra BC
Aumento da dívida bruta do Brasil acende alerta sobre a saúde fiscal do país. Com压力 adicional impulsionada pela alta dos juros, investidores estão atentos à sustentabilidade das contas públicas.
Dívida bruta do Brasil aumentou em abril, alcançando 76,2% do PIB (R$ 9,2 trilhões), segundo dados do Banco Central.
O crescimento foi de 0,3 ponto percentual em relação ao mês anterior, principalmente devido a gastos com juros que pressionaram 0,7 ponto percentual. O aumento do PIB retirou 0,4 ponto percentual e a valorização cambial 0,1 ponto percentual.
A dívida bruta, que inclui governo federal, INSS e governos estaduais e municipais, é um indicador essencial para investidores avaliarem a saúde das contas públicas.
Hoje, a sustentabilidade da dívida gera preocupação no mercado financeiro. Aproximadamente 50% dos títulos do governo são atrelados à taxa Selic, que está em 14,75% ao ano, o maior nível em quase duas décadas.
Cada aumento de 1 ponto percentual da Selic eleva a dívida bruta em R$ 50 bilhões (0,41 ponto percentual do PIB), de acordo com o Banco Central.
Seguindo a metodologia do FMI, a dívida bruta do Brasil subiu para 88,5% do PIB em abril. A dívida líquida, que desconta ativos, também aumentou 0,1 ponto percentual, indo para 61,7% do PIB (R$ 7,4 trilhões).
Em abril, o setor público consolidado apresentou superávit primário de R$ 14,1 bilhões, comparado a R$ 6,7 bilhões no mesmo mês do ano passado. Esse resultado foi impulsionado pelo superávit de R$ 16,2 bilhões do governo central.
Entretanto, as empresas estatais registraram déficit de R$ 1,4 bilhão, e estados e municipais tiveram um déficit de R$ 659 milhões.