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Dívida cara é culpa do governo, e não do BC, dizem economistas

Ecoando as preocupações do mercado, economistas alertam que os juros elevados são uma consequência da falta de superávit primário e da crescente dívida pública. Medidas fiscais adequadas são vistas como essenciais para restaurar a credibilidade e estabilizar a economia.

Banco Central deve continuar a aumentar a Selic para controlar a inflação, mesmo com o impacto no serviço da dívida pública.

Economistas consultados pelo Estadão Conteúdo apontam que o governo deve ajudar o BC a manter juros baixos, mas estímulos fiscais e medidas de crédito prejudicaram a eficácia da política monetária.

Os analistas do BTG Pactual sugerem que um superávit primário de 2% do PIB estabilizaria a dívida em 90% até 2034. Sem essa medida, a expectativa é que a dívida ultrapasse 93% em 2033.

O economista Mario Mesquita defende a reedição do teto dos gastos para estabilizar juros. No entanto, o governo atual descarta essa possibilidade, considerando-a inviável.

Apesar disso, uma sinalização de empenho político na agenda de ajuste fiscal poderia restaurar a credibilidade da política fiscal e reduzir os prêmios de risco.

O economista Felipe Salto alertou que a emissão de mais títulos pós-fixados, embora eficiente, prejudica a política monetária, elevando a necessidade de juros ainda mais altos.

Conclui-se que a gestão da dívida só melhorará com avanço nas reformas de ajuste fiscal.

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