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Diversidade como ‘hype’ travou mudança que precisávamos nas empresas, diz especialista em governança

Reflexão sobre a escassez de mulheres negras em cargos de liderança marca o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. Especialistas alertam para o impacto negativo da falta de inclusão nas decisões empresariais e na inovação no mercado.

Baixa presença de profissionais negros nos conselhos das empresas brasileiras é tema de reflexão no Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, em 25 de julho. A professora Viviane Elias, especialista em gerenciamento de riscos, critica que muitas empresas adotaram políticas de diversidade apenas por hype, sem ações efetivas.

Um mapeamento de setembro de 2024 mostrou que 75,6% dos conselheiros eram homens e 90,7% brancos. Um estudo do Mover revela que a chance de uma mulher negra ter cargo de liderança é cinco vezes menor do que a de uma mulher branca.

Elias destaca:

  • É tempo de reflexão em vez de comemoração.
  • Avanços na diversidade têm sido piores do que necessário.
  • Mulheres negras enfrentam barreiras em cargos estratégicos.
  • O hype gerou lacunas e não trouxe mudanças significativas.

Ela ressalta que a intencionalidade é fundamental para o progresso, enfatizando a importância de ações práticas e contínuas. A falta de representatividade prejudica a inovação e os lucros das empresas.

Elias conclui que a prática efetiva e intencional pode resultar em melhores resultados e inovação, e que a diversidade é essencial para se conectar com 56% da população brasileira que se identifica como preta ou parda.

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