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Distribuidora americana de suco de laranja contesta na Justiça tarifas de Trump ao Brasil

Distribuidora americana busca impedir tarifas excessivas sobre sucos importados do Brasil, alegando ilegalidade. A ação judicial destaca os impactos financeiros significativos e a motivação política por trás das sobretaxas propostas por Trump.

Distribuidora de suco de laranja nos EUA processa o governo devido à tarifa de 50% sobre produtos importados do Brasil, proposta por Donald Trump.

A sobretaxa está marcada para entrar em vigor em 1º de agosto. A Johanna Foods contesta a validade da medida, afirmando que o presidente não tem autorização do Congresso para aplicá-la.

A ação foi protocolada em 18 de agosto e solicita uma medida cautelar para impedir a implementação das novas taxas.

Trump, em carta ao presidente Lula, menciona que o ex-presidente Jair Bolsonaro enfrenta uma "caça às bruxas" por acusações de golpe de Estado. Economistas argumentam que essa motivação política é ilegal e já se esperava uma contestação judicial.

A Johanna Foods estima que, se as tarifas forem aplicadas, os custos com suco de laranja importado aumentariam em US$ 68 milhões (cerca de R$ 380 milhões) no próximo ano.

O Brasil é o maior produtor e exportador de suco de laranja do mundo, com 95% de sua produção destinada à exportação, sendo 42% para os Estados Unidos.

O diretor da CitrusBR, Ibiapaba Netto, afirma que a nova alíquota resultaria em um aumento de 533% nos tributos.

A justificativa legal de Trump está baseada na Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional (IEEPA), que permite ações em resposta a "ameaças incomuns". Contudo, analistas indicam que o uso político dessas tarifas pode ter ultrapassado sua base legal.

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