Disseminação da IA estimula novos data centers no Brasil

Investimentos bilionários em data centers (DC) estão colocando o Brasil na rota da inteligência artificial (IA), impulsionados pela digitalização e computação em nuvem.

A Nova Política de Data Centers, apresentada em maio, busca oferecer vantagens como energia limpa, segurança geopolítica e benefícios fiscais. O regime chamado Redata será concedido a empresas que atendam metas de sustentabilidade, com expectativas de R$ 2 trilhões em investimentos em dez anos.

O mercado de DCs brasileiro se fortalece com a expansão das “regiões” e “zonas” de nuvem. Em 2024, o crescimento foi de 19,7% e deve atingir 17,9% este ano, conforme dados da IDC.

Renato Pasquini, da Frost & Sullivan, afirma que a demanda ainda está no início, mas investidores, como o Pátria Investimentos, estão antecipando esse movimento, mirando DCs voltados para IA.

A nova infraestrutura requer conexão direta à rede de transmissão de energia. A RT-One busca reduzir encargos operando como autoprodutora de energia e estabelecendo Zonas de Processamento de Exportação (ZPE) para isenção de impostos.

A empresa já firmou parceria com a Supermicro e pretende investir R$ 6 bilhões em Maringá (PR) e Uberaba (MG), visando processar IA localmente.

A Scala possui dez DCs no Brasil e cinco em construção, com investimentos que somam R$ 36 bilhões no total. O projeto em Eldorado do Sul (RS) é destacado, com um terreno de 11 milhões de m² e carga de 4,75 GW.

Além disso, empresas como a Tecto e Elea também estão investindo em infraestrutura para atender à demanda global de IA, com projetos significativos em várias localidades.