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Disputa política trava projeto de licenciamento ambiental

Bancada ruralista se articula para relatar projeto polêmico na Câmara, enquanto ambientalistas tentam barrar votação. Conflitos sobre a flexibilidade nas exigências de licenciamento ambiental dominam a discussão.

Senado aprova PL do Licenciamento Ambiental e bancada ruralista discute relatoria na Câmara.

O deputado Zé Vitor (PL-MG) é o favorito para relatar o projeto, enquanto a Frente Ambientalista tenta evitar a votação.

President Hugo Motta (Republicanos-PB) demonstra cautela quanto à pauta.

Zé Vitor, engenheiro agrônomo e ex-secretário do Meio Ambiente, é criticado pelo seu desempenho ambiental, considerado “péssimo” com 13% de alinhamento à agenda ambiental.

Ele afirma estar ouvindo todas as partes para construir um bom texto desde 2019.

Outro possível relator é Kim Kataguiri (União-SP), que celebrará a aprovação no Senado.

A Frente Ambientalista coordena esforços para impedir a votação, com o deputado Nilto Tatto (PT-SP) pedindo a convocação do Comitê Interinstitucional de Gestão do Pacto Pela Transformação Ecológica.

Deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ) criticou a falta de disposição de Motta e destacou a insegurança jurídica do novo texto.

  • Flexibilização das exigências para licenciamento pode levar a judicializações.
  • Permissões para atividades agrossilvipastoris já julgadas inconstitucionais pelo STF.
  • Licenças podem ser emitidas sem a manifestação de autoridades como a Funai.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e entidades ambientalistas condenam a proposta, temendo que grandes obras sejam liberadas sem avaliação técnica.

Parlamentares a favor afirmam que o atual processo de licenciamento é lento, mas o Ibama ressalta que o aumento de licenças emitidas contradiz essa justificativa.

Raul Jungmann, do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), criticou as alterações, atribuindo o protagonismo ao agronegócio.

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