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Discussão sobre IOF afetou carteira PJ, diz Santander: redução ‘brutal’ da demanda por risco sacado

Discussões sobre o IOF impactaram a demanda por operações de risco sacado no Santander Brasil, resultando em uma redução notável nos resultados do segundo trimestre. O CEO do banco acredita que a decisão do STF sobre o imposto favorecerá um eventual retorno ao crescimento na linha de crédito.

Impacto do IOF nas operações do Santander Brasil: O resultado do banco foi afetado pela discussão sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) no segundo trimestre, reduzindo a demanda por operações de risco sacado.

Aumento do IOF foi publicado em decreto em 22 de maio, incluindo produtos isentos. O Congresso derrubou a medida em 27 de junho, mas o STF a suspendeu em 16 de julho, mantendo o imposto geral e excluindo a cobrança sobre risco sacado.

O CEO Mario Leão observou a redução “brutal” na demanda durante a vigência do IOF, afetando a carteira do banco. A resolução do STF é considerada bem-vinda, com expectativa de crescimento na demanda pela linha.

Apesar disso, Leão ressaltou que a elevação da alíquota do IOF geral é negativa para as empresas, impactando o resultado.

No segmento de pessoas jurídicas (PJ), a Selic elevada aumentou a inadimplência em PMEs. As provisões variaram significativamente em grandes empresas e no agronegócio.

No setor de pessoa física (PF), houve uma queda de 1,5% na carteira de crédito, principalmente por conta da redução do crédito consignado do INSS. Contudo, a margem com clientes cresceu devido a uma melhor composição da carteira.

Sobre o lucro líquido gerencial, o Santander reportou R$ 3,659 bilhões, queda de 5,2% em relação ao trimestre anterior, mas avanço de 9,8% em relação ao ano anterior.

As receitas de prestação de serviços e tarifas foram de R$ 5,204 bilhões, um aumento de 1,3% no trimestre e de 0,4% em 12 meses. O custo do crédito está crescendo devido ao cenário econômico desafiador.

O banco adota estratégias de gestão eficiente, com otimização de agências e aumento dos atendimentos digitais. Também foram feitos investimentos em inteligência artificial e criação da nova diretoria de Dados e Inteligência Artificial (CDAIO).

Leão destacou um crescimento de 29% no faturamento de cartões no segundo trimestre, reafirmando o foco em clientes de alta renda e simplificação de portfólio.

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