Diretriz médica deixou Biden sem exame de câncer de próstata
Joe Biden, ex-presidente dos EUA, revela diagnóstico de câncer de próstata em estágio avançado. A condição, que já se espalhou para os ossos, exigirá tratamento, mas a expectativa de vida permanece otimista, segundo especialistas.
Joe Biden, ex-presidente dos EUA, de 82 anos, anunciou em 18 de maio que foi diagnosticado com câncer de próstata em estágio avançado, com metástase nos ossos.
O ex-presidente não realizava exames para detecção desde 2014, devido à recomendação médica dos EUA para homens acima dos 70 anos. Especialistas afirmam que a detecção precoce apresenta pouco benefício para essa faixa etária.
O CDC argumenta que o câncer de próstata é lento e que muitos pacientes têm expectativa de vida curta por outros problemas. A diretriz de 2008 contraindicava testagens em homens acima dos 75 anos.
Biden seguiu as regras e não fez exames de PSA, apesar de diagnósticos anteriores não indicarem câncer. Seu médico relatou que o câncer foi descoberto após sintomas urinários.
A expectativa de sobrevida para casos como o de Biden é de 5 a 10 anos. O tratamento será menos invasivo, com terapia de depravação hormonal, que tem efeitos colaterais leves.
A cancerização pode ter ocorrido de forma silenciosa. A condição de Biden tem um índice 9 na escala Gleason, indicando agressividade. Desde 2022, o ex-presidente à imprensa confundiu o câncer que teve.
No Brasil, recomenda-se que homens iniciem os exames aos 50 anos, com periodicidade individualizada após os 70.