Diretor da Abin presta depoimento à Polícia Federal por 5 horas
O depoimento de Luiz Fernando Corrêa à PF investiga obstruções em espionagens realizadas durante gestões anteriores. A sessão também aborda a possível autorização da Abin para monitorar autoridades paraguaias, amidando um processo criminal em andamento no país vizinho.
Luiz Fernando Corrêa, diretor-geral da Abin, prestou depoimento à Polícia Federal por cerca de 5 horas em 17 de abril de 2025.
Ele chegou às 14h49 e saiu somente às 19h46, em um Honda Civic preto.
Corrêa foi intimado para depoimentos em dois inquéritos:
- Obstrução de acusações de espionagem ilegal na "Abin Paralela" durante sua gestão no governo Lula.
- Possível autorização de monitoramento de autoridades do Paraguai pela gestão atual da Abin.
O Ministério Público do Paraguai abriu um processo criminal em abril para investigar uma suspeita de espionagem digital realizada pela Abin.
O ex-diretor adjunto da Abin, Alessandro Moretti, que foi demitido em janeiro de 2024, também prestou depoimento.
A Polícia Federal, procurada pelo Poder360, não se manifestou sobre os depoimentos e não divulgará detalhes do encontro.
Um relatório da PF, divulgado em julho de 2024, confirmou que a "Abin paralela" monitorou:
- Ministros do STF
- Congressistas, como Arthur Lira
- Jornalistas
A investigação apontou que o grupo foi coordenado pelo ex-diretor-geral da Abin, Alexandre Ramagem, e usou o software espião "First Mile" para monitorar celulares sem autorização judicial.