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Diplomatas veem fala de Trump sobre conversa com Lula como 'um gesto', mas avaliam que telefonema requer preparação

Diplomacia brasileira considera positivo o gesto de Trump, mas alerta para a necessidade de preparação antes de uma conversa com Lula. O governo busca garantir que questões comerciais não sejam misturadas com a situação de Jair Bolsonaro.

Presidente Donald Trump afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode falar com ele "quando quiser".

A declaração é vista como um gesto diplomático importante pelo governo brasileiro, em meio a um período de paralisia nas relações bilaterais.

Trump expressou seu amor pelo povo brasileiro, mas criticou os líderes do Brasil, dizendo que "fizeram coisa errada".

O chanceler Mauro Vieira se encontrou na quinta-feira com o secretário de Estado americano, Marco Rubio, marcando a primeira reunião entre os chefes de diplomacia desde a posse de Trump.

Para uma conversa entre os presidentes, é necessária preparativa prévia. Há preocupações sobre como Lula será tratado por Trump, que desrespeitou outros líderes, como Volodymyr Zelensky e Cyril Ramaphosa.

Trump ignorou uma carta de congratulações de Lula após a eleição. Além disso, Rubio não respondeu a uma mensagem de Vieira.

O encontro entre Vieira e Rubio pode reabrir canais diplomáticos e facilitar a negociação comercial para evitar uma sobretaxa de 50% nas exportações brasileiras.

O governo brasileiro busca convencer a Casa Branca a dissociar questões comerciais da situação de Jair Bolsonaro, enquanto Trump pediu a interrupção do processo contra Bolsonaro no STF, o que foi visto como interferência nos assuntos internos do Brasil.

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