Diante de saída iminente de Eduardo Leite, PSDB deve aprovar fusão com o Podemos nesta terça

Dirigentes do PSDB reuniram-se nesta terça-feira, 29, para iniciar a fusão com o Podemos. O encontro busca oficializar essa união em meio à saída iminente do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite.

A convenção após a reunião deve formalizar a fusão, que deverá ser concluída em até 30 dias. O objetivo é preparar o terreno para uma federação partidária com o MDB ou Republicanos.

Eduardo Leite se filiará ao PSD após a conclusão dos processos internos do PSDB. O presidente do PSDB, Marconi Perillo, ressaltou o apoio a Leite, mas admitiu preocupações sobre a segurança do governador no partido.

Embora Leite aspire à presidência, seus aliados veem a fusão com o Podemos como ineficaz para reverter o desgaste do PSDB. No PSD, ele continuará a construir seu capital político.

Entre os desafios da fusão estão o nome e a identidade visual, atualmente provisoriamente denominados "PSDB+Podemos". A proposta de usar um cachorrinho como símbolo é debatida, mas a maioria prefere manter o tucano.

A fusão enfrenta resistência em pelo menos quatro estados: Pernambuco, Mato Grosso do Sul, Goiás e Bahia. Perillo minimiza as tensões, assegurando que o comando será dividido entre PSDB e Podemos.

Em Pernambuco, o PSDB rompeu com a governadora Raquel Lyra, que se aliou ao Podemos. Na Bahia, o Podemos apoia o governador Jerônimo Rodrigues (PT), enquanto o PSDB está na oposição. Em Goiás, a nova sigla deve apoiar a candidatura de Perillo, mas isso pode gerar embates por conta de alianças existentes.

No Mato Grosso do Sul, a fusão é bem recebida, mas líderes tucanos consideram a possibilidade de saída. O governador Eduardo Riedel também está cotado para o PSD e não deve permanecer no PSDB para as eleições de 2024.