Dia Nacional da Trabalhadora Doméstica: informalidade e precarização são desafios da categoria
Comemoração do Dia Nacional da Trabalhadora Doméstica evidencia avanços e desafios da categoria. Apesar de conquistas, a informalidade e a desvalorização ainda afetam milhões de trabalhadoras no Brasil.
Dia Nacional da Trabalhadora Doméstica é celebrado em 27 de agosto, marcando os 12 anos da PEC das Domésticas e 10 anos da lei que regulamenta direitos trabalhistas.
A Fenatrad destaca que persistem desafios como:
- Elevada taxa de informalidade;
- Condições de trabalho precárias;
- Desvalorização da profissão.
Dados do IBGE mostram que, em dezembro de 2024, o número de trabalhadores domésticos chegou a seis milhões, sendo 90% mulheres. O salário médio foi de R$ 1.189, abaixo do mínimo de R$ 1.412.
A Fenatrad lista as demandas da categoria, incluindo:
- Combate ao trabalho análogo à escravidão;
- Campanhas de valorização;
- Participação no Plano Nacional do Cuidados;
- Fortalecimento de programas de formação;
- Cumprimento das leis trabalhistas.
A secretária da Fenatrad, Chirlene dos Santos Brito, ressalta a falta de informação sobre direitos e benefícios que muitas trabalhadoras acreditam que perdem ao serem registradas.
Recentemente, o Ministério do Trabalho lançou a campanha pelo Trabalho Doméstico Decente, visando sensibilizar sobre os direitos trabalhistas. A campanha foca em:
- Conscientização da sociedade;
- Diálogo social;
- Fiscalização das normas trabalhistas.
Sobre o seguro-desemprego, as regras para trabalhadores domésticos são mais rigorosas. Eles devem estar inscritos no FGTS por 15 meses nos últimos 24 meses. O valor do benefício é de um salário mínimo por até três meses.
Os direitos dos trabalhadores domésticos incluem:
- Carteira de trabalho anotada;
- Salário-mínimo;
- Feriados;
- 13º salário;
- Repouso semanal remunerado;
- Férias de 30 dias;
- Estabilidade em caso de gravidez;
- Aposentadoria e integração à Previdência;
- Vale-Transporte e seguro-desemprego.