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Dia do Trabalhador ou Dia do Trabalho? Como o Primeiro de Maio foi 'apropriado' por Getúlio Vargas

Primeiro de Maio: A Transformação do Dia do Trabalhador em uma Celebração Controlada pelo Estado. A data, originalmente marcada por reivindicações operárias, se tornou um evento cívico sob o governo de Getúlio Vargas, perdendo sua essência de luta por direitos.

Origem do Dia Internacional dos Trabalhadores: O Primeiro de Maio se estabeleceu pela primeira vez em 1886, em Chicago, devido a uma greve por jornada de 8 horas.

Nome e evolução: Denominações como Dia do Trabalhador e Festa do Trabalho variam globalmente. No Brasil, a data foi oficializada em 1924 sob o governo de Artur Bernardes, mas posteriormente cooptada por Getúlio Vargas.

Transformação sob Vargas: Vargas alterou o foco, passando de uma data de reivindicações para uma celebração do trabalho, excluindo a bandeira internacional. Isso resultou na regulamentação dos direitos trabalhistas, como a CLT em 1943.

Primeiras comemorações no Brasil: Antes do Primeiro de Maio, celebrações ocorreram no dia 14 de julho, em uma fusão de ato festivo e protesto.

Início das greves: As primeiras festas foram em 1891 no Rio, com a primeira celebração de maio registrada em Santos, 1895. Um marco foi a Greve Geral em 1917.

Bernardes e Vargas: Artur Bernardes criou o feriado, enquanto Vargas utilizou a data para cooptar trabalhadores, estabelecendo um vínculo entre governo e trabalhadores.

Despolitização da data: Com Vargas, o Primeiro de Maio se tornou um espetáculo, esvaziando reivindicações reais em favor de celebrações cívicas. A data perdeu força ao longo dos anos, sendo agora mais um feriado de lazer.

Legado: A mudança da essência do Primeiro de Maio reflete a tentativa do Estado de controlar o movimento operário, transformando-o em festa e esquecendo sua natureza reivindicatória.

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