Devolvi o que me era devido para encerrar, aos 80 anos, essa maluquice, diz Eliseu Martins, após acordo com Itaú
Eliseu Martins opta por encerrar disputa judicial com o Itaú para proteger a imagem de seus filhos, citados no caso. O contador reconhece ter mantido uma "sociedade de fato" com o ex-CFO da instituição, comprometendo-se a indenizar R$ 2,5 milhões.
Contador Eliseu Martins fecha acordo com o Itaú para encerrar processo sobre fraude envolvendo o ex-CFO Alexsandro Broedel. Martins declarou que preferiu evitar problemas para seus filhos.
Com 80 anos, ele se manifestou em email: "Preferi devolver o que me era devido e encerrar...". Martins, um nome respeitado na contabilidade, foi diretor do Banco Central e CVM.
Na sexta-feira (30), ele protocolou um acordo judicial para finalizar a disputa, que envolvia o Itaú cobrando pelos pareceres não entregues devidos ao contador e Broedel.
Martins reconheceu manter uma "sociedade de fato" com Broedel, alegando que prestavam serviços contábeis. O Itaú questionou isso, pois não tinha conhecimento da relação comercial.
O contador concordou em indenizar R$ 2,5 milhões. Ele já havia devolvido R$ 1,5 milhão ao banco.
Os filhos Eric e Vinícius, citados no caso, são sócios de suas consultorias, mas o Itaú afirma que eles nunca prestaram serviços ou receberam valores.
Martins, em nota, enfatizou que atuou com "boa-fé" e que a repartição dos honorários era de 40% para Broedel e 60% para ele, independente da contratante.
Ele negou ter feito pagamentos por serviços não prestados e afirmou que as transferências para Broedel foram realizadas apenas por ele e suas empresas.
Broedel, no TJSP, defende-se das acusações, alegando que os contratos de Martins foram feitos antes de sua entrada no Itaú e sempre de maneira ética.