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Devolução de descontos do INSS deve ser de no máximo R$ 2 bi, estima Haddad

Haddad revela expectativa de ressarcimento de até R$ 2 bilhões a aposentados do INSS por descontos indevidos. O ministro destaca que a recuperação dos recursos desviados dependerá de um acordo judicial e da comprovação das autorizações das deduções.

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, estima ressarcimento de até R$ 2 bilhões a aposentados e pensionistas do INSS por descontos indevidos desde março de 2020. Esse valor representa aproximadamente um terço das deduções realizadas, totalizando R$ 5,9 bilhões.

Haddad mencionou que o cálculo se baseia no número de reclamações coletadas pelo aplicativo Meu INSS e telefone 135. O governo notificou segurados para esclarecer as cobranças indevidas entre março de 2020 e março de 2025, após a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União investigarem um esquema de fraudes.

O desconto sindical no INSS exige autorização prévia e expressa dos beneficiários, mas muitos não perceberam as deduções. Nos primeiros 10 dias de consultas, 2,057 milhões de aposentados buscaram informações e 97,8% solicitaram reembolso.

A AGU bloqueou R$ 2,5 bilhões em bens de 12 entidades envolvidas na fraude, embora haja incertezas sobre a devolução do montante. Durante a coletiva, Haddad não especificou se fundos orçamentários seriam necessários para ressarcir os prejudicados, destacando um congelamento de R$ 31,3 bilhões nas contas públicas.

A partir de hoje, o INSS devolverá R$ 292 milhões aos beneficiários que tiveram descontos em abril. A devolução ocorrerá junto com os pagamentos regulares, sem necessidade de ação por parte dos beneficiários.

Haddad elogiou a atuação do ministro da CGU, Vinicius Carvalho, pela rápida mobilização da Polícia Federal, contrastando com críticas do Casa Civil sobre a falta de alertas em momento anterior. O esquema de fraudes está sendo utilizado pela oposição para solicitar a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Congresso.

O ministro da Fazenda ressaltou que o governo deve desenvolver melhores estratégias de comunicação, aprendendo a lidar com críticas nas redes sociais.

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