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Desvalorização do real impacta inflação de alimentos no Brasil, diz Galípolo

Banco Central alerta que depreciação do real impacta alimentação e inflação. A autoridade prevê nova alta nos índices a partir de junho devido a incertezas econômicas globais.

Presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou em audiência pública no Senado que a alimentação no domicílio é o grupo mais impactado por uma depreciação do real.

Uma depreciação cambial de 10% eleva a inflação de alimentos em 1,4 ponto percentual.

Galípolo destacou que 60% a 70% da produção de commodities e alimentos no Brasil tem correlação com a taxa de câmbio, e que mais da metade das despesas rurais está ligada ao câmbio.

O IPCA subiu 0,56% em março, acumulando 5,48%% nos últimos 12 meses, com a alta puxada por alimentação e bebidas, que aceleraram de 0,70% para 1,17%% no mesmo período.

A meta de inflação do BC é de 3%, com margem de 1,5 ponto para mais ou para menos. A autarquia prevê um novo estouro da meta em junho.

Galípolo destacou a possibilidade de impacto tarifário dos EUA afetar a economia global e gerar um dólar mais fraco e atividade econômica mais fraca nos Estados Unidos.

O cenário internacional oscila entre desaceleração devido à política de Trump e aversão a riscos, aumentando as dúvidas sobre a segurança dos ativos tradicionais.

"Atualmente, o epicentro da crise é a economia norte-americana. Existe incerteza sobre onde buscar proteção em tempos de aversão a risco", concluiu Galípolo.

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