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Desigualdade no aprendizado entre brancos e negros cresce em 10 anos

Desigualdade educacional entre grupos raciais se acentua no Brasil, revela estudo; enquanto o aprendizado geral melhora, a diferença persiste. Análise do Saeb destaca a necessidade urgente de políticas que equilibrem o acesso à educação de qualidade.

Desigualdade na aprendizagem entre estudante brancos, amarelos, negros e indígenas no Brasil aumentou nos últimos 10 anos.

Um estudo do Todos Pela Educação e do Iede, divulgado em 28 de abril de 2025, revela que a diferença percentual no ensino adequado cresceu de 2013 a 2023.

Os dados analisam alunos do 5º e 9º anos do ensino fundamental e do 3º ano do ensino médio, da rede pública, nas disciplinas de língua portuguesa e matemática, com base no Saeb.

Ainda que a desigualdade tenha aumentado, ambos os grupos mostraram crescimento nos percentuais de ensino adequado no 5º e 9º anos e em português no 3º ano do médio, exceto em matemática no médio, onde houve leve recuo.

A defasagem entre estudantes brancos e negros é mais significativa no 9º ano:

  • 5º ano: diferença em língua portuguesa: de 7,9% para 8,2%; matemática: de 8,6% para 9,5%.
  • 3º ano do ensino médio: em português, aumento no percentual e aprofundamento da desigualdade; em matemática, leve recuo de 4,4% para 3,9%.

Gabriel Corrêa, diretor de Políticas Públicas do Todos Pela Educação, considera o cenário “bastante crítico” e destaca a importância da equidade na educação básica.

O estudo também analisou os resultados por Estado:

  • Maiores percentuais de estudantes com aprendizagem adequada em 2023: Paraná (5º ano), Ceará (9º ano) e Espírito Santo (3º ano).
  • Estados que mais evoluíram desde 2019: Alagoas (5º e 9º anos) e Amapá (3º ano).

Os Estados com maiores taxas de estudantes abaixo do básico em 2023 foram identificados, mas não detalhados no resumo.

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