Desaceleração da economia americana pode favorecer emergentes, prevê Benchimol, da XP
Guilherme Benchimol compartilha suas previsões sobre a economia dos EUA e o impacto de um dólar mais fraco nos emergentes. O executivo também destaca a importância da inteligência artificial para aprimorar o trabalho dos assessores de investimento.
Guilherme Benchimol, fundador e presidente do Conselho de Administração da XP, palestrou no Advanced 2025, organizado pela Fami Capital, em São Paulo (SP), e analisou o cenário econômico americano.
Benchimol afirmou que a economia dos EUA estava como uma “caldeira a pleno vapor” e alertou que, se o ritmo continuasse, essa caldeira poderia “explodir”. Ele destacou que a Bolsa estava extremamente cara e que era necessário agir rapidamente para evitar problemas.
O executivo acredita que a economia americana está desacelerando e projeta um dólar mais fraco. Segundo ele, “dólar fraco é o momento em que os emergentes se beneficiam”. Benchimol ressaltou que a não imposição de tarifas elevadas ao Brasil pelo governo dos EUA representa uma boa oportunidade.
Ele também pediu que o Brasil “faça o dever de casa” e procure equilibrar as contas, embora não preveja um cenário caótico. Benchimol observou que a dívida e a inflação estão altas e os juros, elevados.
Em sua palestra, Benchimol comentou sobre a inteligência artificial (IA), afirmando ser um grande usuário da tecnologia. Ele acredita que a IA pode empoderar os assessores de investimento, oferecendo informações mais precisas e permitindo-lhes vender confiança aos clientes.