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Derrubar IOF é mais caro que fim do Minha Casa, Minha Vida, diz Tesouro

Aumento do IOF visa arrecadar até R$ 19,1 bilhões em 2025, mas mudanças na medida resultaram em perda de R$ 1,4 bilhão. Especialistas alertam que a alteração pode ter impacto no câmbio e no controle de capital.

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou que a arrecadação extra do aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) seria equivalente ao custo do Minha Casa, Minha Vida e aos investimentos em Defesa.

Ceron destacou que as despesas primárias do programa habitacional são de R$ 12 bilhões e os investimentos em Defesa de R$ 8 bilhões.

Ele afirmou: “Só R$ 20 bilhões seria o equivalente a extinguir todo o programa Minha Casa, Minha Vida e todos os investimentos do Ministério da Defesa.”

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva aumentou o IOF para elevar a arrecadação, com uma expectativa inicial de R$ 20,5 bilhões em 2025.

No entanto, a equipe do ministro Haddad recuou parcialmente no dia do decreto, 22 de maio, resultando em uma perda de R$ 1,4 bilhão na arrecadação, reduzindo a nova estimativa para R$ 19,1 bilhões.

A alteração no IOF também impactaria os investimentos de fundos nacionais no exterior, fazendo com que economistas vissem isso como uma tentativa de “controle cambial”.

O ex-diretor do Banco Central, Tony Volpon, criticou a medida, afirmando que a taxa de 3,5% sobre investimentos no exterior poderia levar ao fechamento da conta de capital.

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