Deputados de Israel rejeitam dissolver o Parlamento, em vitória para Netanyahu
Deputados israelenses barram proposta de dissolução do Parlamento, aliviando temporariamente a pressão sobre Netanyahu. A decisão ocorre em meio a crescente insatisfação popular sobre a condução do governo e longas mobilizações militares devido à guerra em Gaza.
Deputados israelenses rejeitam proposta de dissolução do Knesset
Nesta quarta-feira (11), deputados de Israel rejeitaram uma proposta preliminar para dissolver o Knesset, evitando assim eleições antecipadas.
A proposta, apresentada pela oposição, teve 62 votos contra e 51 a favor. As próximas eleições estão agendadas para outubro de 2026.
O resultado alivia temporariamente a pressão sobre o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu, que enfrenta críticas devido à condução do conflito com o Hamas desde outubro de 2023.
A votação ocorreu em meio à discussão de um projeto de lei que busca acabar com a isenção de alistamento militar para judeus ultraortodoxos, grupo que representa cerca de 13% da população israelense.
Estes cidadãos têm tradicionalmente recebidos isenções se estiverem estudando em seminários religiosos. Com a maior mobilização militar desde 1973, a situação se tornou controversa.
Após o ataque do Hamas, o governo convocou 360 mil reservistas, com muitos enfrentando exaustão. A Suprema Corte israelense declarou as isenções ilegais em 2017, mas Netanyahu tem prorrogado a situação.
O United Torah Judaism, um partido ultraortodoxo da coalizão, ameaçou apoiar a dissolução caso não fosse aprovada uma medida de isenção militar. O Shas, outro partido da coalizão, também possui representação no Parlamento.
Netanyahu, conhecido como Bibi, enfrenta críticas por não conter as ações do Hamas e pela pressão de manifestantes e aliados internacionais por um cessar-fogo urgente em Gaza, que enfrenta uma grave crise humanitária.