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Depois de seis horas de discussões, EUA e China continuarão a negociar na terça-feira

EUA negociam flexibilização de restrições à venda de chips para a China, em troca do aumento das exportações de terras-raras. As conversas estão ocorrendo em Londres, após um dia de reuniões consideradas frutíferas por ambas as delegações.

Negociações EUA-China em Londres prosseguem, com nova proposta do presidente Donald Trump: aliviar restrições à venda de chips em troca de aceleração nas exportações de terras-raras pela China.

As reuniões começaram nesta segunda-feira, após mais de seis horas de discussões na Lancaster House, e serão retomadas hoje. A delegação dos EUA é liderada pelo Secretário do Tesouro Scott Bessent e inclui o Secretário do Comércio Howard Lutnick.

Bessent chamou a reunião de "boa", enquanto Lutnick a considerou "frutífera". A delegação chinesa é chefiada pelo vice-primeiro-ministro He Lifeng, que não fez comentários ao deixar o encontro.

Em maio, EUA e China haviam concordado com uma trégua de 90 dias após uma escalada tarifária. As tensões reascenderam por conta do controle chinês sobre as terras-raras e o acesso restrito a semicondutores americanos.

Os EUA estão dispostos a remover restrições a exportações de tecnologia, a não ser para chips de alta tecnologia da Nvidia, em troca de garantias de que a China flexibilizará suas remessas de terras-raras, essenciais para diversas indústrias.

Cerca de 70% da produção mundial de terras-raras está nas mãos da China. Kevin Hassett, do Conselho Econômico Nacional, indicou que os EUA buscam um acordo, embora mantendo algumas restrições.

As terras-raras são uma ferramenta estratégica nas negociações, com a China utilizando seu monopólio nesta área como uma moeda de troca significativa, segundo Robin Xing, do Morgan Stanley.

Com um telefonema entre Trump e Xi Jinping na semana passada, as negociações visam restaurar confiança após um período de incertezas nas políticas comerciais, afetando ambas as economias.

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