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Depoimento de Freire Gomes: os 5 principais pontos das declarações do ex-chefe do Exército ao STF

General Marco Antônio Freire Gomes confirma que recebeu documento para impedir posse de Lula. Ele alertou Jair Bolsonaro sobre os riscos de uma ação golpista e a falta de apoio legal das Forças Armadas.

Depoimento do General Marco Antônio Freire Gomes ao STF:

Na segunda-feira, 19, o ex-comandante do Exército e general da reserva Marco Antônio Freire Gomes confirmou que recebeu um plano do governo Bolsonaro para tentar impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva.

Freire Gomes testemunhou no processo em que Jair Bolsonaro é acusado de tentativa de golpe de Estado. Ele participou de reuniões com o então ministro da Defesa Paulo Sérgio Oliveira e outros chefes das Forças Armadas para discutir uma “minuta golpista”.

O general relatou que o documento era fundamentado em aspectos jurídicos da Constituição. Apesar de alertar a Bolsonaro sobre os riscos legais, ele não encontrou base legal para o emprego das Forças Armadas para interferir nas eleições.

Em um encontro no dia 9 de dezembro, Freire Gomes foi chamado para acalmar Bolsonaro, que estava sob pressão de grupos civis para adotar medidas para evitar a posse de Lula.

Freire também comentou sobre uma carta assinada por 37 militares que pressionava por apoio a uma tentativa de golpe, considerando-a inaceitável do ponto de vista de hierarquia militar.

Ele afirmou que o Exército não apoiaria ações que violassem a Constituição e negou que sugeriu dar voz de prisão a Bolsonaro.

O ministro Alexandre de Moraes questionou Freire sobre sua versão anterior à Polícia Federal, a qual apontava que o ex-comandante da Marinha havia concordado com o plano golpista, desafiando-o a ser honesto em seu depoimento.

Freire reafirmou que “jamais mentiria”, mas não conseguiu recordar detalhes sobre o suposto apoio do almirante Garnier ao plano de Bolsonaro.

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