Depoimento de Cid no STF é bom para Torres e Heleno, ruim para Bolsonaro e péssimo para Braga Netto

Interrogatório do tenente-coronel Mauro Cid:

O primeiro depoimento na trama golpista trouxe desdobramentos distintos para os réus:

• Anderson Torres e Augusto Heleno: Situação melhorou.
• Jair Bolsonaro: Situação ruim, mas não piorou significativamente.
• Walter Braga Netto e Almir Garnier: Situação péssima.
• Paulo Sérgio Nogueira e Alexandre Ramagem: Pouca mudança.

Cid fez um depoimento de mais de três horas, demonstrando insegurança e contradições em alguns pontos. Reafirmou que Bolsonaro teve conhecimento e participou da composição da minuta golpista, que previa, entre outras coisas, a prisão de Alexandre de Moraes.

Sobre Bolsonaro, Cid mencionou:

• Rejeitou a ideia de que Bolsonaro ordenou estimular golpistas.
• Confirmou que houve pressão sobre o ex-presidente para ações radicais.
• Bolsonaro buscava argumentos de fraude nas urnas para justificar ações das Forças Armadas.

A defesa de Bolsonaro também recebeu alívio com a postura do ministro Luiz Fux, que fez perguntas sutis durante o depoimento.

Braga Netto: Ligação direta com golpistas, sendo citado como responsável pela entrega de dinheiro para manter manifestações. Cid confirmou encontros com militares envolvidos no plano.

Almir Garnier: Cid ouviu de Freire Gomes que Garnier deu aval ao golpe, corroborando declarações anteriores e enfraquecendo a defesa do ex-comandante da FAB.

Anderson Torres e Augusto Heleno: Cid afirmou pouca interação deles com Bolsonaro e ausência em reuniões cruciais.

Cid também mencionou a ausência de fraudes eleitorais, mas sua situação é incerta devido a contradições no depoimento, o que pode impactar benefícios negociados.