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Depoimento de Bolsonaro no STF: ex-presidente pede desculpas a Moraes; o que aconteceu até agora

Bolsonaro presta depoimento ao STF em meio a acusações de planejamento de golpe para impedir posse de Lula. O ex-presidente se desculpa por insinuações sobre corrupção no Judiciário e discute sua desconfiança em relação às urnas eletrônicas.

Ex-presidente Jair BolsonaroAlexandre de Moraes no STF, acusado de planejar um golpe para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva em 2002. Bolsonaro nega as acusações.

Esta é a primeira vez que o ex-presidente e o ministro se encontram publicamente, e a sessão está sendo transmitida ao vivo pela TV Justiça.

No início do interrogatório, Bolsonaro pediu desculpas por insinuações sobre recebimento ilegal de dólares por Moraes e outros ministros. Em resposta a uma pergunta do ministro, afirmou não ter provas de suas declarações.

O ex-presidente comentou sobre a desconfiança nas urnas eletrônicas, citando o atual ministro Flávio Dino, que teria questionado sua credibilidade em 2010.

General Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, negou conhecimento sobre o plano "Punhal Verde Amarelo" e afirmou não ter sido informado sobre um suposto "gabinete de transição".

Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, admitiu falhas na segurança durante as manifestações de 8 de janeiro de 2023 e negou indícios de fraude nas urnas, atribuindo responsabilidades à Polícia Militar.

O ex-comandante da Marinha, Almir Garnier, disse não ter informações sobre fraudes nas urnas e que se limitou ao seu papel institucional.

Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin, refutou a existência de uma "Abin paralela" e defendeu suas ações em relação às urnas.

Mauro Cid, ex-ajudante de Bolsonaro, confirmou que o ex-presidente revisou minutas para decretar Estado de Sítio, mas não viu envolvimento dele nos atos de 8 de janeiro.

Após os depoimentos, a fase de instrução do processo chega ao fim. As partes terão 15 dias para apresentar alegações finais antes do julgamento.

Caso Bolsonaro seja condenado, pode enfrentar penas superiores a 40 anos de prisão. Ele já está impedido de disputar a eleição de 2026 devido a condenações no TSE.

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