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Dependência dos EUA de minerais críticos e de terras raras da China vira arma na guerra comercial

Dependência dos EUA em relação às terras raras da China se intensifica com novas restrições de exportação. Análise revela os impactos geopolíticos e industriais dessa limitação no acesso a minerais críticos.

Dependência dos EUA da China por minerais críticos se intensifica

Após três anos da pandemia, os EUA identificaram 50 minerais críticos em sua tabela periódica, com grande parte fornecida pela China.

Recentemente, a China endureceu suas restrições de exportação para seis metais de terras raras, afetando significativamente o acesso dos EUA a novos suprimentos.

A China possui a maior parte da capacidade de refino das terras raras, essenciais para indústrias como baterias, semicondutores e veículos elétricos. A produção de ímãs de terras raras, dos quais a China responde por 90%, também está sob novas restrições de exportação.

O Departamento de Defesa dos EUA destaca que caças F-35 e submarinos utilizam grandes quantidades de materiais de terras raras, e a demanda por esses minerais deve aumentar com o crescimento de veículos elétricos e centros de dados de inteligência artificial.

Historicamente, a China tem usado seu controle sobre esses recursos para pressionar geopolítica e tem restringido o acesso a minerais críticos como gálio e grafite em resposta a tarifas dos EUA.

As empresas estatais chinesas dominaram as refinarias de terras raras e rotularam suas técnicas como segredos de Estado. Enquanto isso, as universidades na China oferecem cursos especializados na área.

Apesar da abundância de minerais como níquel e lítio, a exploração de terras raras é mais complexa e exige processos complicados. Atualmente, a única mina de terras raras dos EUA, localizada em Mountain Pass, Califórnia, produz apenas 15% da oferta global.

O governo americano, sob Trump, busca aumentar a produção doméstica de minerais e formar novas parcerias comerciais com países como Ucrânia e Congo, além de considerar depósitos na Groenlândia e Canadá.

Empresas americanas estocaram minerais críticos, mas os tamanhos dos estoques variam, dificultando a previsão de interrupções na produção.

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