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Denúncias à CGU por descontos não autorizados na folha de aposentados do INSS dispara no governo Lula

CGU registra aumento expressivo de denúncias de descontos ilícitos em aposentadorias, levando à operação de combate a fraudes. Presidente do INSS é afastado e governo suspende acordos com sindicatos para revisão dos descontos.

CGU registra aumento de denúncias sobre descontos não autorizados em aposentadorias e pensões do INSS. Entre janeiro de 2023 e abril de 2025, foram 3.744 denúncias específicas, todas sobre descontos indevidos.

Comparativamente, nenhuma denúncia similar foi registrada durante o governo anterior. As denúncias começaram a surgir após o início das investigações da CGU no primeiro semestre de 2023.

Nesta quarta-feira, foi deflagrada a operação Sem Desconto pela CGU e pela Polícia Federal (PF), visando combater um esquema nacional de descontos não autorizados feitos por sindicatos. Os investigadores afirmam que, entre 2019 e 2024, os aposentados e pensionistas foram cobrados em R$ 6,3 bilhões por essas entidades.

Como resultado da operação, o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi afastado por decisão judicial e seu gabinete e residência foram alvo de busca. Ele foi demitido à noite pelo presidente Lula.

O governo suspendeu todos os acordos de desconto de mensalidades de sindicatos em aposentadorias e pensões, incluindo os que não estão sob investigação. O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, explicou que a medida é uma forma de “dar um freio de arrumação” e examinar o quadro para regularizar os descontos.

Estima-se que pelo menos 180 mil beneficiários solicitaram a devolução de valores descontados, mas o número de lesados pode ser maior. Lewandowski afirmou que mais aposentados e pensionistas poderão ser ressarcidos.

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PF