Demitir Lupi é demitir o partido, diz líder do PDT na Câmara
Líder do PDT alerta que demissão de Carlos Lupi representaria a saída do partido do governo. Mário Heringer destaca que a sigla busca um papel mais ativo e quer evitar o ônus do Ministério da Previdência.
Líder do PDT na Câmara, Mário Heringer afirmou que a demissão de Carlos Lupi do Ministério da Previdência significaria a demissão do partido. Heringer declarou que o PDT não fará nova indicação se Lupi for afastado.
Ele enfatizou que o partido deve se distanciar do ministério, considerando-o como um “ônus” sem “bônus” por apoiar o governo, alegando que a Previdência traz apenas problemas.
O líder criticou a gestão do ministério, afirmando que é visto como o “patinho feio” e alvo de reclamações, resultando em uma imagem negativa entre a população e o empresariado. Heringer pediu que se investiguem as irregularidades e que os responsáveis sejam punidos.
A Polícia Federal deflagrou a operação Sem Desconto em 23 de abril, visando fraudes no INSS, com prejuízos estimados em R$ 6,3 bilhões de 2019 a 2024. A ação incluiu 211 mandados de busca e apreensão, além de 6 prisões temporárias.
Seis pessoas foram afastadas, incluindo o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto. O esquema envolvia descontos indevidos em benefícios de aposentados, cobrados como mensalidades de entidades sem autorização.
Uma auditoria da CGU revelou que 70% das 29 entidades analisadas não apresentaram a documentação exigida, e muitos beneficiários não tinham conhecimento dos descontos. A CGU continua investigando.
O governo orienta os beneficiários a solicitar a exclusão de descontos indevidos através do aplicativo “Meu INSS”, com o processo sendo automatizado e sem necessidade de comparecimento pessoal.