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Delegado em Minas acumula cargo de inspetor na Polícia do Rio e será investigado nos dois Estados

Delegado de Buritis é investigado por acumular cargos na Polícia Civil de Minas Gerais e no Rio de Janeiro. Caso levanta questões sobre a legalidade da acumulação e as consequências para o servidor.

Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) investiga um delegado de Buritis (MG), Carlos Siebra Bouças, que atua também como inspetor na Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ).

O delegado foi nomeado em novembro de 2023 em Minas e, em dezembro de 2024, sem pedir demissão, iniciou funções no Rio. Até o momento, não retornou aos contatos do Estadão.

Atualmente, Bouças está em licença médica de 45 dias desde abril. O acúmulo de cargos é proibido pela Constituição em sua situação. A PCMG confirmou uma apuração interna e declarou que a lei veta a ocupação simultânea de dois cargos fora do estado de origem.

A PCERJ também está investigando e declarou que vai tomar medidas disciplinares sobre a conduta do servidor.

De acordo com a advogada Cristiana Fortini, a acumulação é permitida somente em casos específicos, e no caso de Bouças, é proibida. Ele recebe cerca de R$ 15 mil como delegado e R$ 8,5 mil como inspetor. Bouças recebeu salários dos dois cargos em março e abril.

A PCMG sabia do interesse de Bouças no cargo do Rio, mas negou a dispensa para que ele fizesse o curso, que ele conseguiu por decisão judicial. O governo de Minas tem enfrentado dificuldades financeiras, afetando as forças de segurança.

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