Delegado diz que demonstrou preocupação com 8/1 e pediu a Torres adiamento de viagem aos EUA
Interrogatórios revelam desdobramentos da atuação dos réus em meio aos atos golpistas de 8 de janeiro. Fernando Oliveira nega omissões e detalha planejamento de policiamento ante as convocações de manifestações.
Interrogatórios do STF sobre a trama golpista acontecem hoje, 24 de outubro.
Os réus dos núcleos 2 e 4 estão sendo ouvidos. No núcleo 2, o primeiro foi Fernando de Sousa Oliveira, ex-secretário-executivo da Segurança Pública do DF.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa Oliveira de “omissões dolosas” durante os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Ele negou as acusações e defendeu seu planejamento para o policiamento naquela data.
Oliveira discutiu a possibilidade de adiar a viagem do então ministro Anderson Torres aos Estados Unidos, devido às manifestações convocadas, mas Torres manteve a viagem.
A delegada Marília Alencar também é ré na acusação, tendo elaborado um projeto de Business Intelligence para identificar regiões com maior apoio a Lula. Oliveira afirmou que não participou da elaboração do relatório.
No dia 13 de outubro, Marília trocou mensagens com Oliveira sobre o reforço policial em cidades com apoio ao petista. Oliveira negou que a conversa estivesse relacionada à reversão do resultado eleitoral.
Segundo a PGR, os réus do núcleo 2 são acusados de espalhar notícias falsas e atacar instituições. Além de Oliveira e Marília, constam na lista:
- Filipe Martins (ex-assessor de Bolsonaro)
- Marcelo Câmara (ex-ajudante de ordens)
- Mario Fernandes (general da reserva)
- Silvinei Vasques (ex-diretor da PRF)