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Déficit comercial dos EUA bate recorde em março por causa do aumento de importações antes de tarifas

O déficit comercial de bens dos EUA alcança o maior valor histórico com aumentos nas importações, antes da implementação de tarifas. Economistas alertam que isso pode impactar negativamente o crescimento do PIB no primeiro trimestre.

Déficit comercial dos EUA atingiu recorde em março, com aumento significativo nas importações de mercadorias.

O déficit no comércio de bens subiu 9,6%, totalizando US$ 162 bilhões (R$ 913 bi), conforme divulgado pelo Departamento de Comércio.

As importações aumentaram em US$ 16,3 bilhões, alcançando um novo recorde de US$ 342,7 bilhões (R$ 1,9 tri).

Apesar do aumento de estoques em armazéns, economistas acreditam que o déficit comercial irá impactar negativamente o crescimento do PIB.

O governo divulgará a estimativa do PIB para janeiro a março nesta quarta-feira (30), e economistas preveem que a economia quase paralisou nesse período.

Estima-se que o comércio subtraiu até 1,9 ponto percentual do PIB.

  • Aumento nas importações: Bens de consumo (+27,5%), veículos automotores e bens de capital.
  • Queda nas importações: Insumos industriais (-13,5%) e alimentos.

As exportações aumentaram US$ 2,2 bilhões, totalizando US$ 180,8 bilhões (R$ 1 tri), com destaque para veículos, alimentos e suprimentos industriais.

Entretanto, as exportações de bens de capital e consumo diminuíram. Um dólar mais fraco pode beneficiar exportações, mas tarifas retaliatórias limitam ganhos.

As empresas estocaram produtos, resultando em um aumento de 0,5% nos estoques do atacado, enquanto os estoques do varejo caíram 0,1%.

Previsão do PIB é de crescimento de apenas 0,3%, a menor taxa desde 2022, com o Federal Reserve de Atlanta prevendo uma queda de 0,4% após ajustes devido a importações e exportações.

A incerteza política tarifária do governo Trump, junto com a guerra comercial com a China, deve ter contribuído para um crescimento reduzido.

A economia cresceu a 2,4% no quarto trimestre de 2024.

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