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Defesas do 'núcleo crucial' da trama golpista acreditam que Moraes rejeitará pedidos de diligências

Defesas dos acusados do núcleo crucial da trama golpista apresentam suas estratégias antes do prazo final. Expectativa é que o julgamento dos réus, incluindo ex-presidente Jair Bolsonaro, ocorra em setembro.

Advogados dos réus do "núcleo crucial" da trama golpista acreditam que o ministro Alexandre de Moraes, do STF, não acatará pedidos de novas diligências. As defesas têm até segunda-feira (16) para se manifestar.

A ação penal está em tramitação rápida, mas a expectativa é que o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sete aliados fique para setembro devido a prazos processuais.

Após a fase de interrogatórios, Moraes concedeu cinco dias para as defesas apresentarem pedidos, como novos depoimentos e provas. A Procuradoria-Geral da República (PGR) também pode solicitar novas diligências. O chefe da PGR, Paulo Gonet, se mostrou satisfeito com os interrogatórios e avaliará a necessidade de novas medidas.

A maioria dos advogados ainda analisa quais pedidos encaminhar. Um defensor indicou que não solicitará diligências adicionais, considerando improvável que Moraes as defira.

Durante o interrogatório do ex-ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, foi sugerida uma acareação com o ex-comandante da Aeronáutica, Baptista Junior. Moraes, no entanto, restringiu esse procedimento entre réus e testemunhas.

Os interrogatórios ocorreram nos dias 9 e 10. O tenente-coronel Mauro Cid foi o primeiro a falar, seguido de outros acusados em ordem alfabética.

A PGR classifica o grupo, liderado por Bolsonaro, como tendo atuação “crucial” na tentativa de impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após as eleições de 2022. Ao todo, são 24 acusados organizados em três núcleos distintos, enfrentando graves acusações.

Os delitos incluem:

  • tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito,
  • tentativa de golpe de Estado,
  • participação em organização criminosa armada,
  • dano qualificado,
  • deterioração de patrimônio tombado.

No caso de Ramagem, a investigação sobre fatos ocorridos após sua posse como deputado está suspensa até o fim do mandato.

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