Defesas de militares alegam falta de provas na denúncia por golpe
Defesas de militares acusados de tentar golpe afirmam que não há provas concretas nas denúncias da PGR. Advogados argumentam que discussões eram apenas opiniões e confraternizações sem intenção de coação.
Defesa dos acusados de tentativa de golpe: Nesta 3ª feira (20.mai.2025), os advogados afirmaram que a acusação da PGR carece de provas.
O grupo, formado por militares da ativa e da reserva conhecidos como “kids pretos”, é alvo de uma denúncia no STF.
Durante a audiência, Ruyter Barcelos, advogado do coronel Bernardo Romão Corrêa Netto, destacou que ele não participou da elaboração dos documentos sobre o golpe. Segundo ele, as conversas sobre possível ruptura democrática seriam apenas uma “opinião”.
Barcelos argumentou: “A arma do crime aqui é a opinião divergente”.
De acordo com a denúncia, o coronel teria organizado uma reunião para influenciar os comandantes das Forças Armadas a aderirem ao golpe. As defesas, no entanto, alegam que o encontro foi uma “confraternização” e que as discussões eram meros “bate-papos de bar”.
O advogado mencionou a delação de Mauro Cid, que também qualificou o encontro como um “bate-papo de bar” e negou qualquer pressão aos comandantes.
O colegiado do STF decidirá se receberá a denúncia contra 11 militares e 1 policial federal envolvidos em “ações de coerção”.
Os denunciados monitoraram autoridades e pressionaram o alto comando das Forças Armadas, incluindo a elaboração da “Carta ao Comandante”.
Após as defesas, o presidente da 1ª Turma, ministro Cristiano Zanin, encerrou a sessão. O julgamento será retomado às 14h30.