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Defesa de Torres usa depoimentos para afastar ex-ministro de blitze no 2º turno e live sobre urnas

A defesa de Anderson Torres questiona testemunhas sobre a suposta ausência de conotações políticas em reunião relacionada ao policiamento das eleições. Depoimentos revelam divergências quanto à convocação do ex-ministro por Jair Bolsonaro para críticas às urnas eletrônicas.

BRASÍLIA – A defesa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres buscou, nesta terça-feira, 27, testemunhos que desqualificassem a existência de “policiamento direcionado” durante as eleições de 2022 e alegações políticas em reunião de 19 de outubro do mesmo ano.

Os depoimentos ocorreram no Supremo Tribunal Federal (STF) durante a ação penal que investiga uma tentativa de golpe de Estado.

Testemunhas, como ex-dirigentes da Polícia Federal e da PRF, negaram qualquer viés político na reunião, que tratou do policiamento do segundo turno eleitoral.

  • Djairlon Henrique Moura (ex-PRF)
  • Caio Rodrigo Pelim (ex-PF)
  • Marcio Nunes (ex-PF)
  • Alessandro Moretti (ex-Abin)
  • Marcos Paulo Cardoso (delegado da PF)

O procurador-geral Paulo Gonet contestou Djairlon, que está sendo investigado por blitze, e o ministro Alexandre de Moraes ressaltou seu direito de não prestar informações.

Além disso, uma conversa no WhatsApp revelou que a ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça, Marília de Alencar, criticou Torres durante a reunião, sugerindo que ele não foi isento.

A defesa também indagou sobre uma suposta convocação de Torres por Jair Bolsonaro para uma live em 2021, onde atacou as urnas eletrônicas. Duas testemunhas confirmaram essa convocação:

  • Braulio do Carmo Vieira (ex-secretário de Operações Integradas)
  • Marcio Nunes (ex-diretor-geral da PF)

Outros depoentes incluíram:

  • Saulo Moura da Cunha (ex-Abin)
  • Cintia Queiroz de Castro (ex-subsecretária de Segurança Pública)
  • Fabrício Rocha (chefe da Divisão de Crimes Eleitorais da PF)
  • Victor Godoy (ex-ministro da Educação)
  • Luiz Flávio Zampronha (ex-PF)

Saulo destacou a gravidade dos atos do 8 de Janeiro só foi percebida na véspera. Cintia mencionou a chegada de caravanas à Brasília, mas sem noção de depredação. Godoy negou intenção antidemocrática em reunião com Augusto Heleno, e Zampronha não tinha conhecimento sobre um documento da PF relativo às urnas eletrônicas.

Rocha afirmou ser comum a presença da PF em dias de eleição.

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