Defesa de Mario Fernandes pede revogação de prisão preventiva ao STF
Defesa de general pede liberdade com base na comparação com Jair Bolsonaro, que responde em liberdade. Alega que as provas contra Fernandes são insuficientes e alegam inveracidade nas acusações de conspiração.
Advogados do general Mario Fernandes pedem ao STF a revogação da sua prisão preventiva ou a aplicação das mesmas medidas cautelares que o ex-presidente Jair Bolsonaro.
O pedido foi protocolado no dia 26 de julho de 2025, após os interrogatórios do núcleo 2 da ação que investiga a tentativa de golpe de Estado em 2022.
A defesa argumenta que Bolsonaro, como líder da organização criminosa, ocupa uma posição hierárquica superior à de Fernandes, tornando desproporcional a manutenção da prisão do general enquanto o ex-presidente está em liberdade.
Os advogados afirmam que Fernandes “não confessou plano de matar ninguém” e que o documento “Punhal Verde e Amarelo” não foi compartilhado com outros acusados.
Na última quinta-feira, Fernandes informou ao STF que o documento mencionava um possível “envenenamento” do presidente Lula e a “neutralização” do vice-presidente Geraldo Alckmin, mas descreveu-o como um “pensamento digitalizado”.
A PGR se manifestou contra a soltura, afirmando que as provas tornam inverossímil acreditar que o general não divulgou o material. A defesa contestou isso citando o tenente-coronel Mauro Cid, que não recebeu cópia do documento e afirmou que Fernandes nunca discutiu ações de monitoramento de um ministro do STF.
A defesa reitera que a prisão preventiva e uma eventual condenação devem basear-se em “elementos concretos” e provas, contestando a validade de coincidências de horários para legitimar a condenação.