Defesa de ex-assessor de Bolsonaro pede que caso vá para 1ª instância
Defesa de coronel pede julgamento em 1ª instância para evitar conflito de interesses no STF. Acusado de monitorar ministro, militar nega envolvimento em plano de assassinato após eleições de 2022.
Defesa do coronel Marcelo Costa Câmara pede julgamento em 1ª instância
A defesa do coronel do Exército, Marcelo Costa Câmara, solicitou ao STF que o núcleo 2 da tentativa de golpe de Estado seja julgado em primeira instância. Isso ocorreu nesta terça-feira, 22 de abril de 2025.
O advogado Luiz Christiano Kuntz argumentou que os envolvidos, incluindo o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), não possuem prerrogativa de foro. Ele solicitou a rejeição da denúncia caso o pedido não seja acolhido.
A defesa também questionou a imparcialidade do ministro Alexandre de Moraes, um dos alvos do grupo, alegando conflito de interesse. As tentativas de afastá-lo do caso já foram negadas pelo STF.
Câmara é acusado de monitorar Moraes para cumprir um plano que visava a vida do ministro. A defesa refutou a acusação, dizendo que as informações foram obtidas por fontes abertas na internet.
O coronel foi denunciado pela PGR em 18 de fevereiro de 2025, junto a 33 outros indivíduos, por suposta participação em um plano de golpe de Estado após as eleições de 2022. A organização também teria planejado as mortes de Moraes, Lula e Geraldo Alckmin (PSB).
Câmara foi preso em 8 de fevereiro de 2025 e libertado com tornozeleira eletrônica em maio de 2024. Ele deve se apresentar à Justiça semanalmente.
A 1ª Turma do STF julga, nos dias 22 e 23 de abril, a aceitação da denúncia da PGR contra Filipe Martins e outros 5 acusados de gerenciar operações do grupo. O julgamento deve esclarecer os papéis de cada investigado no planejamento do golpe.
Se a denúncia for aceita, será iniciado um processo penal, onde o Supremo ouvirá testemunhas e conduzirá investigações antes das alegações finais.
O processo se repetirá para outros grupos denunciados, incluindo Bolsonaro e mais 7 réus, enquanto dois núcleos ainda aguardam julgamento.